COLUNISTAS

IAB Celebra 55 Anos de Pesquisa Ensino e Divulgação da Arqueologia Brasileira

Fundado em 29 de abril de 1961 o Instituto de Arqueologia Brasileira-IAB comemorou na última sexta, 29 de abril, 55 anos de pesquisas arqueológicas e educação patrimonial com o tema: A Miscigenação do Povo Brasileiro”.
Entre outros, foram convidados estudantes do CIEP 217 – Edival Gueiros Vidal. E vieram alegres e barulhentos, como sempre se comportam quando chegam para participar das atividades culturais do IAB.
A primeira delas era a assistência à palestra “De Aldeia de Índio à Vila Santa Tereza” ministrada por Jandira Neto; Notou-se muita atenção e interesse por tratar-se da história do bairro onde eles moram.
Foram criados cenários onde os convidados depois de caracterizados como povos do nosso passado e fotografados como tal, vivificavam a Oficina “Retratos do Passado” como proposta de fazê-los sentirem-se personalidades da formação povo brasileiro: indígenas, europeus e africanos. 
E à medida que eles iam escolhendo quais personagens gostariam de representar, as vozes alegres e a agitação tomava conta de todos. “Tia, eu quero me vestir como dona de tudo!” “Tia eu quero me vestir como africano!” “Tia a gente quer ser índio!”
Contamos com a destreza, entusiasmo e total dedicação da senhora Isabel de Oyá (presidente da Associação Afoxé Raízes Africanas) que vestia a todos que escolhiam personagens africanos, contribuindo fundamentalmente para o sucesso dessa oficina.
Jandira, Antonia e Soly Neto dedicaram-se a caracterizar os demais como europeus; Marcondes Cavalcante e Lusinete Knupp pintavam e enfeitavam outros como nossos guerreiros indígenas.
E assim, um a um foram manifestando seu desejo e posando alegres, mas bastante compenetrados para as fotos! (Em breve publicaremos um vídeo com os “retratos do passado”).
Depois dessa feliz algazarra cultural foram conduzidos ao laboratório para participarem da Oficina “Vestígios do Passado se Transformam em Documentos”. Trata-se da execução das diversas etapas da curadoria do material arqueológico (material de descarte e doação que é utilizado nas atividades de educação patrimonial).
Ao chegarem foram recebidos pela equipe e ouviram do Professor/arqueólogo Sérgio Serva uma breve explicação sobre o trabalho que eles iriam desenvolver e quais os objetivos.
Após as informações e devidamente protegidos com luvas, coletes e máscaras puseram-se a executar a missão, sendo assistidos a cada etapa pela dedicada equipe formada pelos arqueólogos Rhuam Souza, Sérgio Serva e Cida Silva e os monitores Jaime Freitas, Geovani Souza e Alessandro da Silva.
E com todo esse apoio mostraram-se interessadíssimos no melhor desempenho possível, saindo-se todos, muito bem!
Ao final foi oferecido um lanche, pelas monitoras Daiane Knupp e Gabriela Pinheiro, que eles fruíram com bastante gosto, mantendo-se graciosamente entusiasmados!
Concluída essa etapa das celebrações os estudantes voltaram para o Centro Educacional e a equipe dirigiu-se para assistir a mesma palestra anteriormente ministrada pela Jandira Neto aos estudantes.
Agora ela vinha permeada por parte da história de vida do Professor Ondemar Dias que se confunde com a do bairro, uma vez que começou a frequentar o local ainda muito menino e no qual começou sua carreira de arqueólogo, onde encontrou seus primeiros achados. Embora fosse a mesma palestra, aqui se deu ênfase a existência de seus vários sítios arqueológicos históricos e pré-históricos, muitos em processo de destruição acelerado e outros já desaparecidos. (Em breve o pps da palestra estará aqui disponibilizado).
Outros convidados para o evento, ligados à Prefeitura de Belford Roxo, do C. E. Santa Tereza e do Museu Vivo de São Bento e alguns moradores da comunidade também nos prestigiaram com sua presença.
Antes de dirigir-se para a sala de palestras o Professor Ondemar Dias ocupava-se de uma entrevista que cedia ao Flávio Cardoso, o qual desenvolve um trabalho de cunho social sobre as atividades culturais da Baixada Fluminense e que se propôs a fazer um documentário da instituição e posteriormente nos presenteou com belíssimas fotos do evento. (link da matéria).
Finalizamos as comemorações com um delicioso almoço carinhosamente preparado pela D. Regina Nascimento e os rapazes que se dedicaram a assar o churrasco; com um bolinho desejamos que continuemos cada vez mais entusiasmados em promover a ciência da arqueologia, através da nossa querida instituição.
Tudo fotografado por Diego Lacerda e André Kepler que buscaram os melhores ângulos para compartilhar com todos esses momentos.
O Instituto de Arqueologia Brasileira agradece a todos que se empenharam fortemente desde os que cuidam dos jardins e cuidados outros, até os que idealizaram e executaram as mais diversas ações para mais esse evento.

Estudantes do CIEP 175 Realizam Visita Extensiva ao IAB


Na véspera do aniversário de 55 anos do IAB, 28 de abril de 2016, alunos do primeiro ano do ensino médio do CIEP 175 – José Lins do Rego realizaram uma visita extensiva em nossa sede, atendendo a um projeto idealizado pelo SESC São João de Meriti-RJ para estes estudantes.
A visita ao IAB, como sempre, foi organizada pedagogicamente tomando por base as etapas do psicodrama. 

Sendo o primeiro momento o aquecimento inespecífico, que tem como proposta a circulação das energias corpóreas para a potencialização do aprendizado, foram convidados a um descontraído bate-papo sobre a história de um instituto de pesquisas na Baixada Fluminense, no caso, o IAB, com a arqueóloga Jandira Neto, cumprindo-se em seguida o roteiro pré-estabelecido.

Como aquecimento específico o grupo foi apresentado ao Sítio Jatobá, localizado no jardim do anexo 7 do IAB, onde vestígios arqueológicos de uma casa da década de 1930 foram encontrados quando da aquisição do terreno. A descoberta é amplamente utilizada para apresentar aos estudantes e demais interessados a temática da arqueologia como ciência. Num importante momento de fazer experenciar ou de propor vivenciar, dentro do viés pedagógico do psicodrama, um determinado papel no contexto, foi lançada a proposta: “seja você o arqueólogo e me diga o que está vendo aqui”. Essa interatividade com um sítio arqueológico real entusiasmou o grupo que, bastante animado e sentindo-se altamente valorizado foi se manifestando com toda a criatividade típica da adolescência. Após este significativo momento foram conduzidos aos demais espaços.

Partindo dos conhecimentos pré-existentes para incluir novas informações, conheceram uma pequena lagoa natural, resquício de uma antiga lagoa pré-histórica que existiu na região em eras passadas. Reconheceram árvores pelos seus nomes científicos, bem como de onde são originárias.

Na exposição ao ar livre “O Índio no Recôncavo da Guanabara” aprenderam sobre as tradições culturais indígenas do nosso país e a se identificarem geneticamente com esses ancestrais, o que provocou grande burburinho e muita pergunta sobre sua evolução cultural e tecnológica.

Na área dos alojamentos para alunos e pesquisadores conheceram a sustentabilidade do instituto no que diz respeito ao processo de reciclagem do lixo, aqui desenvolvido em todas as suas fases; desde a sua classificação entre orgânicos e inorgânicos até o seu reaproveitamento.

O Eco Museu da Tipografia Laemmert, formado pelo material arqueológico de grande porte encontrado na Rua dos Inválidos no Centro da Cidade do Rio de Janeiro e trazido como acervo para guarda nas instalações do instituto, foi outra grande novidade que os entusiasmou. Afinal estavam diante da réplica de parte de uma das primeiras e maiores tipografias do Rio de Janeiro!

Por fim foram levados para conhecerem os espaços destinados às pesquisas de laboratório e aos prédios de guarda do material arqueológico, bem como a rica biblioteca que também dispõe de incontáveis tesouros culturais.

No espaço do laboratório onde está sendo realizada a curadoria de um extraordinário acervo resgatado na Região Norte do Brasil, interagiram com pesquisadores do IAB, donde surgiram mais indagações e muitas curiosidades, sendo satisfatoriamente respondidas.

O Instituto de Arqueologia Brasileira agradece a visita e compartilha com todos a alegria de ter a oportunidade de cumprir um dos seus mais valiosos pilares: a divulgação da arqueologia brasileira,  já em expectativa de próximas.

Equipe do Instituto de Arqueologia Brasileira para este evento:
Jandira Neto, Diego Lacerda e Regina Nascimento



UNESCO Aceita Candidatura do Cais do Valongo Como Patrimônio da Humanidade


Tendo realizado a curadoria do material resgatado do Cais do Valongo dentro do Projeto Porto Maravilha o IAB é longamente citado no dossiê que propôs - e foi aceita - a candidatura do Cais do Valongo pelo Centro do Patrimônio Mundial/UNESCO para ser reconhecido como Patrimônio da Humanidade.

Leia abaixo parte da notícia via site do IPHAN:

“O Cais do Valongo, localizado no Rio de Janeiro (RJ) e principal porto de entrada de africanos escravizados no Brasil e nas Américas, teve sua candidatura aceita pelo Centro do Patrimônio Mundial, para ser reconhecido como Patrimônio da Humanidade,em março deste ano. O dossiê de candidatura do bem cultural, agora disponível em português, é um documento fundamental para o conhecimento da diáspora africana, determinada pelo tráfico de escravos praticado por 400 anos para suprir de mão de obra a colonização das Américas. Estudos realizados nas últimas décadas revelam que a compreensão da sociedade brasileira contemporânea passa necessariamente pelo conhecimento e a denúncia do regime escravista.

Elaborado pelo Iphan e pela Prefeitura do Rio de Janeiro, por meio de um qualificado corpo de especialistas contratados, o dossiê servirá como base para o trabalho de uma missão de avaliação, formada por representantes dos órgãos consultivos da UNESCO, que visitará a região portuária e o Cais do Valongo nos próximos meses. O trabalho técnico prosseguirá com a participação da comunidade e do Comitê Consultivo da Candidatura, composto por várias instituições governamentais e da sociedade civil, especialmente as representativas da preservação e valorização da herança africana.

O documento, elaborado ao longo de um ano de trabalho e coordenado pelo antropólogo Milton Guran, resgata a história trágica e cruel do tráfico negreiro, analisando com detalhes a importância histórica e o simbolismo do sítio arqueológico para todos os brasileiros, em especial os afrodescendentes.

O Sítio Arqueológico do Cais do Valongo não só representa o principal cais de desembarque de africanos escravizados em todas as Américas, como é o único que se preservou materialmente. Pela magnitude do que representa, é muito mais do que um sítio arqueológico: é um símbolo de denúncia dos horrores da escravidão e da necessidade de políticas afirmativas de igualdade racial. O diplomata e historiador Alberto da Costa e Silva, especialista mundialmente reconhecido em História da África, explica sobre a candidatura:

“O Cais do Valongo merece ser considerado pela UNESCO patrimônio da humanidade porque é o sítio de memória da escravidão mais completo que se conhece. Ele tem importância não apenas para a história brasileira e, portanto, para a nossa vida como nação, mas também para a história do mundo. Dizia o escritor nigeriano Chinua Achebe que a história não é boa nem má; que a história é, e nós somos esta história, com seus momentos luminosos e demorados e terríveis pesadelos, como este que parecia interminável e que nos deixou como cicatrizes profundas monumentos como o Valongo, monumentos vivos, que não precisam de textos a elucidá-los, que são pelo que são, e nos comovem pelas pedras que pisamos e pelas pedras que olhamos, pedras que receberam, depois de medonha viagem, os pés de muitos de nossos antepassados, e que contam um pouco desse longo capítulo trágico e espantoso da história dos homens sobre a face da terra.”

O Iphan e a Prefeitura do Rio veem com muito otimismo a possibilidade de inscrição do Cais do Valongo na lista do Patrimônio Mundial que, uma vez concretizada, representará o reconhecimento do seu valor universal excepcional, como memória da violência contra a humanidade que é a escravidão, e de resistência, liberdade e herança, fortalecendo as responsabilidades históricas, não só do Estado brasileiro, como de todos os países membros da UNESCO. É, ainda, o reconhecimento da inestimável contribuição dos africanos e seus descendentes à formação e desenvolvimento cultural, econômico e social do Brasil e do continente americano.”

Leia a matéria completa http://portal.iphan.gov.br/noticias/detalhes/3566/cais-do-valongo-dossie-aborda-importancia-historica-do-sitio-arqueologico

Veja aqui o dossiê no qual o IAB é citado.  http://portal.iphan.gov.br/uploads/ckfinder/arquivos/Dossie_Cais_do_Valongo_versao_Portugues.pdf

Em inglês: http://portal.iphan.gov.br/uploads/ckfinder/arquivos/Valongo3_VersaoFinal_WEB2.p

__________________________
_____________

Projeto "Curadoria de Coleções Arqueológicas" - Eletronorte



Em dezembro de 2015 o IAB participou de um pregão eletrônico da Eletrobrás/ Eletronorte cujo objeto foi a execução de Serviços de Curadoria de Coleções Arqueológicas que se encontram armazenadas no antigo Centro de Proteção Ambiental - CPA da UHE-Samuel no município de Candeias do Jamari – RO e na sede da Eletronorte em Brasília.
Com cerca de 500 mil artefatos as coleções serão reavaliadas e novamente tratadas após 39 anos de início da sua coleta de campo pelo arqueólogo Eurico Miller que, juntamente com José Proença Brochado, foi um dos representantes do Rio Grande do Sul entre os nove estados que formaram a equipe organizada pelos arqueólogos norte-americanos Betty Meggers e Cliford Evans para o Programa Nacional de Pesquisas Arqueológicas (Pronapa).

No início de fevereiro de 2016 o Professor Ondemar Dias e seus assessores Jandira Neto, arqueóloga e Diego Lacerda, assistente de marketing estiveram na sede da Eletronorte em Brasília-DF para reunião com o Sr. Eurico Miller e demais gerenciadores do projeto para verificação de parte do material e acesso aos documentos pertinentes ao mesmo. Entre outras demandas ficou acertada a vinda do Sr. Miller à sede do IAB para vistoria do laboratório onde serão processados os artefatos.
No dia 16 de fevereiro então os recebemos ele, o Sr. Miller, e a gerente do projeto a Srª Ianaê Cassaro que, ao final da visita, se disseram surpreendidos e bastante satisfeitos com o laboratório, a estrutura e a organização da nossa instituição: “superaram em muito a nossa expectativa”.

Próximo passo, o translado do material de Rondônia para o IAB.
No dia 23 de fevereiro o Professor Ondemar Dias, duas diretoras do Instituto - Jandira Neto e Cida Gomes - e mais quatro assessores viajaram para o município de Candeias do Jamari em Rondônia sendo recebidos pelo Dr. Eurico Miller e demais responsáveis pela guarda dos artefatos, coletados nos sítios pesquisados na área da represa.

No decorrer dos trabalhos o grupo foi respaldado com um excelente suporte da equipe do Dr. Miller percebendo, logo ao chegar, já ter sido providenciada toda a logística para o bom desempenho das operações que consistiam em contar, embalar, identificar, documentar e acondicionar, para posterior envio à sede do IAB no Rio de Janeiro. Aproveitamos o ensejo para agradecer a todos que, solicitamente, apoiaram toda a equipe.

Apesar do precário estado de acondicionamento em que se encontravam os artefatos por falta de verba para sua adequada curadoria e guarda até então, a equipe pode apreciar uma exposição que havia sido organizada no antigo CPA - Centro de Proteção Ambiental da UHE-Samuel, com belíssimas peças encontradas durante as pesquisas arqueológicas e variado artesanato doado ao Professor Muller para a mesma.

Após onze dias consecutivos de intensas atividades com muita determinação e ao final com todo o material a caminho da instituição, a equipe retornou para aguardar sua chegada.
E assim, após uma longa viagem finalmente o material, preciosos caquinhos, testemunhas da passagem dos nossos ancestrais pela região norte do Brasil, chegou ao IAB.

*********************************

Encontrados Documentos Históricos em Marechal Hermes!

Em 2013 o morador do bairro de Marechal Hermes (localizado no subúrbio do Rio de Janeiro), Marcos Veiga, conhecido por suas atividades culturais na região, recebeu em suas mãos dois exemplares históricos que acrescentariam em muito no que ele mais gosta de fazer, pesquisar a história do bairro onde mora.

Os exemplares do início do século XX, que mais parecem dois cadernos no tamanho das antigas enciclopédias, lhes foram entregues por uma antiga moradora do bairro, Dona Olga. Esta descobriu os documentos quando estava organizando e limpando os pertences do seu falecido esposo, Sr. Sérgio Rocha; eles se encontravam repletos de mofo e a Dona Olga antes de jogar no lixo achou melhor mostrá-los ao seu amigo.

“...quando Dona Olga achou esses cadernos os mesmos estavam com muito mofo e ela iria jogar no lixo, mas antes me mostrou; fiquei maravilhado com o material e ela pediu que eu ficasse com eles, então aceitei; estavam muito sujos e úmidos, resolvi então levar para um amigo que tem uma gráfica para tentar restaurar. Ele aceitou a missão e conseguimos recuperar este valioso acervo. Aqui está um pouco do resgate da nossa História...” diz Marcos Veiga.

No antigo sobrado de Dona Olga construído numa das principais vias do bairro, morou o primeiro administrador da Vila Proletária Marechal Hermes, o jornalista Antônio Augusto Pinto Machado, criador dos exemplares.  Tal acervo foi entregue ao Sr. Sérgio Rocha através da filha e do genro de Pinto Machado, que eram seus amigos e vizinhos e guardados sem que seus familiares soubessem até o seu falecimento.
Os dois exemplares são grandes e em seus conteúdos estão colados inúmeros artigos de jornais publicados entre 1913 e 1921, a maioria escrita pelo próprio jornalista Pinto Machado, além de fotos. Boa parte dos artigos remetem sobre as vilas proletárias da época, especialmente a de Marechal Hermes, com vários relatos sobre a sua fundação e seus primeiros anos.

Fundado em 1913, Marechal Hermes foi o primeiro bairro planejado para a classe operária no Brasil e possui atualmente a maior Área de Proteção do Ambiente Cultural (APAC) da Zona Norte do Rio de Janeiro. Tal reconhecimento foi feito pelo Instituto Rio Patrimônio da Humanidade (IRPH) no ano de 2013.

Os documentos, além de fontes de pesquisa para os interessados sobre a história do bairro de Marechal, é também importante acervo para aqueles que pesquisam sobre o crescimento do subúrbio carioca e o surgimento da mídia impressa na região no início do século XX. Os “cadernos” também possuem artigos que relatam reuniões e eventos da época em outros bairros como Anchieta, Ricardo de Albuquerque, Bangu e Madureira.

Quer saber mais e ter acesso a alguns artigos destes exemplares?  Mande um e-mail para:
iab@arqueologia-iab.com.br







**********************************



A 9ª edição da Primavera dos Museus, ação do Instituto Brasileiro de Museus-IBRAM que ocorreu entre os dias 21 e 27 de setembro 2015 em todo o Brasil, na qual estiveram envolvidas mais de 800 instituições, contou este ano com a participação do Instituto de Arqueologia Brasileira-IAB, o qual promoveu em seus espaços: oficinas, palestras, exposições e mostras de vídeos para os mais de 400 visitantes.
Durante os quatro dias em que foram desenvolvidas as atividades, recebemos alunos da rede pública da Creche Municipal Casa da Criança, do CIEP Edival Gueiros Vidal, alunos do curso de História da Baixada que é oferecido pelo SESC- São João de Meriti, um grupo de jovens do Programa “Jovens Agentes do Patrimônio” do Museu Vivo de São Bento localizado em Duque de Caxias-RJ e moradores da comunidade.
Na quinta-feira, 24, a reportagem da NBR (a TV do Governo Federal) registrou o evento no IAB, entrevistando a coordenadora geral das ações Jandira Neto e alunos do CIEP veiculando, respectivamente em seu telejornal das 19h30min e na “Voz do Brasil” às 19h22min, ambos do dia 25.
Com o tema “Memórias Indígenas” proposto pelo IBRAM e com a pureza e o entusiasmo típicos dos pequenos e a vitalidade e criatividade dos pré-adolescentes e adolescentes, eles participaram da educação patrimonial começando pela oficina de pintura indígena na qual foram caracterizados com as pinturas próprias daquele povo, entrando quase que imediatamente no clima da proposta: trazer para o presente as memórias dos nossos antepassados cujas heranças desfrutamos no cotidiano, sendo a pintura do rosto apenas uma entre tantas.
Conduzidos pelos monitores era hora de conhecer um dos mais essenciais instrumentos de ordem social das tribos: a maraca ou maracá e suas funções. Entre as inúmeras utilidades da maraca eles puderam vivenciar dois importantes momentos dentro dos rituais indígenas: os de oração e os de dança. Um pequeno treinamento e... vamos orar e dançar como índio! Pronto!
Alegres e cheios de energia era hora de contar pra eles sobre como os índios viveram no passado e como até hoje vivem algumas tribos no Xingu. Assim eram conduzidos para a exposição “Índios de Ontem e de Hoje”.  Começando pela tradição sambaquieira até a tupi e seus hábitos em diversas esferas. Foi demonstrada por meio da estratigrafia e de painéis uma visão geral do que incorporamos como herança, seja nos hábitos, (como o de tomar banho todos os dias, por exemplo), na alimentação ou na língua, já que também utilizamos uma enorme gama de palavras derivadas destes povos.
Puderam ver na “cozinha e no quarto” do índio como é hoje; do que eles se alimentam, quais instrumentos utilizam para conseguir os alimentos, onde e como ainda dormem.
Na parte da exposição que tratava da produção de cestarias e demais utensílios e ferramentas para utilização no dia-a-dia deles, havia fotos de índios em seus habitats, caçando, na praia ou simplesmente sorrindo enfeitados com colares, cocares e brincos. Mas eis que de repente alguém gritava: “Olha lá o índio nu!” Era hora de explicar o mais interessante. Será que eles estavam mesmo nus ou aquilo que nós herdamos como enfeites era para eles o maior indício de proteção do corpo como as nossas roupas o são para nós?  E as revelações surpreendiam a todos!
Mas não terminava por aí...
Em seguida eram levados e/ou convidados a irem até a sala de vídeos onde assistiam o foto- filme “A Criança da Floresta”.
Com uma linguagem simples e imagens reais eles podiam compreender melhor os costumes adotados pelos pequenos da floresta, suas brincadeiras, seus interesses enfim, sua cultura de profundo respeito uns pelos outros e pela natureza.
O intenso consumo do milho pelas tribos nos inspirou a oferecer, na saída, pipoca para todos juntamente com um adesivo de um índio para que a memória dos seus momentos-indígena permanecesse por um pouco mais de tempo naquelas jovens vidas abarrotadas de milhões de interesses.
E foi assim que, por quatro dias, se dedicou intensamente toda a equipe do IAB designada para mais este gratificante momento; o momento em que tivemos a oportunidade de começar a despertar em nossos pequenos de hoje valores que, com dedicação, sobreviverão em seus corações e eles os levarão para suas vidas: o conhecimento e a integração com o passado gerando estruturas de respeito para com os “diferentes” no futuro.
Agradecemos a todos os nossos colaboradores e demais voluntários que já fazem parte do Programa “Amigos do IAB” que se dedicaram antes (para a organização) e durante o evento, com responsabilidade e alegria para mais esta realização.

****************************************

IAB é Eleito "Melhor Imagem do Bairro" pelo CIEP Edival Gueiros Vidal

Eleito como “melhor imagem do bairro” pelo CIEP municipalizado “Edival Gueiros Vidal” no bairro Vila Santa Tereza, o Instituto de Arqueologia Brasileira-IAB, representado por Diego Lacerda, sócio colaborador do mesmo, participou na última quarta-feira, 20, da Gincana Estudantil 2015 da cidade de Belford Roxo-RJ realizado pela Secretaria de Educação do município.

Segundo a coordenadora do CIEP, Márcia da Rosa, a escolha do IAB se deu pelo fato de o Instituto ser de grande importância histórica e cultural para a região com seu trabalho incansável de constantemente promover e realizar eventos que envolvem toda a comunidade.
A Gincana foi realizada no espaço do CIEP 366 “Simone de Beauvoir” localizado no bairro Parque São José, onde nove colégios municipais de Belford Roxo participaram com danças, poesias, homenagens e exposições.

No stand do CIEP Edival Gueiros encontramos fotos de alunos que participaram de alguns dos acima citados eventos promovidos pelo IAB e o material didático sobre arqueologia oferecido pelo Instituto como suporte para justificativa da escolha perante seus pares.

O Instituto de Arqueologia Brasileira agradece a honra da eleição, convida o Ciep Edival Gueiros Vidal, e estende o convite às demais instituições de ensino e educação, para participarem de mais um evento que será realizado no IAB pela “9ª Primavera dos Museus” __ ação anualmente promovida pelo Ibram (Instituto Brasileiro de Museus)__ para o qual o IAB foi convidado e que será realizado com a promoção de exposições, oficinas, filmes sobre a cultura indígena e a palestra “Afinal, o que é Arqueologia?” em sua própria sede, no anexo 7, em Santa Tereza- Belford Roxo, entre os dias 21 e 25 de setembro de 2015.

Sejam todos bem vindos!


*************************************

IAB Participará do Seminário "O Rio Continua Índio" Com Exposição "O Índio no Recôncavo da Guanabara"

 

(Via site Museu da Justiça)
SEMINÁRIO "O RIO CONTINUA ÍNDIO"       
Neste ano em que a cidade do Rio de Janeiro comemora 450 anos de fundação pelos colonizadores europeus, era oportuno e necessário registrar a milenar presença ancestral dos povos indígenas no Brasil, dando a eles a visibilidade e importância que a história oficial nem sempre reportou, valorizando sua contribuição histórica, cultural e étnica na formação do povo brasileiro.
Por isso, o Museu da Justiça acolheu com entusiasmo a proposta da Associação Indígena Aldeia Maracanã (AIAM) de realizar em parceria com a Secretaria de Estado de Cultura do Rio de Janeiro este seminário, a fim de oferecer ao público carioca uma visão multidisciplinar da presença e do legado indígenas desde 8.000 anos atrás, quando habitavam o litoral fluminense os povos dos sambaquis, até os dias de hoje, com várias aldeias Guarani vivendo de modo tradicional nos municípios de Paraty, Angra dos Reis e Maricá, além milhares de indígenas autodeclarados vivendo em contexto urbano na cidade e no Estado do Rio.
No primeiro dia do seminário essa rica e ainda tão pouco conhecida história dos povos indígenas no Rio de Janeiro será contada por alguns dos mais respeitados arqueólogos, historiadores e antropólogos da academia brasileira e também contará com a presença e fala de lideranças indígenas. No segundo dia, serão debatidas as políticas públicas indigenistas no âmbito do Estado do Rio.
Para ilustrar essa verdadeira viagem cultural através dos milênios, o público carioca terá acesso simultaneamente a duas exposições especialmente montadas nos salões do Museu da Justiça sobre o tema. Uma com perspectiva histórica e antropológica criada pelo Museu do Índio/FUNAI em conjunto com a Comissão Pró-índio/UERJ e outra com viés de arqueologia indígena montada pelo Instituto de Arqueologia Brasileira (IAB).
Esperamos que esta iniciativa, além de ajudar a preencher uma lacuna na programação comemorativa dos 450 anos da cidade do Rio de Janeiro, sirva para destacar a importância e o protagonismo indígena na história e na formação do Brasil e demonstre que a tão decantada "Carioquice" tem suas raízes mais profundas no espírito e no modo de vida dos povos indígenas que com muita determinação resistiram a 515 anos de colonização, genocídio e preconceitos e conseguiram manter até hoje seus saberes, sua espiritualidade, sua cultura e seu modo de vida tradicionais, constituindo uma população indígena brasileira atual estimada em 1 milhão de pessoas em todos os estados do Brasil, distribuídos em 305 povos indígenas e falantes de 180 línguas distintas.
O Rio continua Índio!
Conheça o Programa
A ficha de inscrição:
*********************************************

Carta aberta da área Antropologia/Arqueologia em defesa da pós-graduação no Brasil

Há mais de uma década o país vem investindo numa política de valorização dos programas de pós-graduação e de expansão das universidades públicas brasileiras. Consideramos essa política, que se refletiu em dotações crescentes de recursos, parte de uma açãoestratégica que associa produção de conhecimento ao desenvolvimento social, econômico e cultural do país, de modo autônomo e consistente. A expansão das pós-graduações é parte da democratização do acesso ao ensino superior, com ampliação de vagas e a implementação de cotas em várias universidades públicas. Esta ação inegavelmente transformou o perfil das universidades brasileiras e de seus programas de pós-graduação.

Na contramão deste processo recebemos estarrecidos as notícias de cortes na ordem de 47% dos recursos para as universidades e a redução drástica das verbas da CAPES, em nome do ajuste fiscal. Estamos no final do primeiro semestre letivo sem que tenha sido repassado qualquer recurso de custeio ou de infraestrutura referente ao exercício de 2015 para os programas de pós-graduação. O impactodistojá se faz sentir: programas de excelência prestes a fecharem as portas, projetos de pesquisas interrompidos,, compras de equipamentos e materiais para laboratório ede livros suspensas, defesas de mestrado e doutorado adiadas por falta de recursos para a compra de passagens aéreas para composição de suas bancas, suspensão da divulgação de resultados de pesquisas devido ao corte de recursos para publicações e participação em eventos científicos. Interrompe-se, assim, o ciclo de crescimento e expansão, construído ao longo de mais de uma década, com consequências nefastas que serão aprofundadas a médio e longo prazo, como adiminuição das vagas para novos pós-graduandos e o retrocesso da internacionalização da pós-graduação brasileira.

Consideramos inadmissível que seja a educação a pagar tão duramente a conta do ajuste fiscal. O ensino superior público e de qualidade, bem como a pesquisa científica, são áreas essenciais para a construção de uma nação verdadeiramente democrática. Que a pátria educadora seja mais do que um slogan e se torne de fato um compromisso em priorizar o a educação pública em todos os níveis, sem corte de orçamentos, com transparência na distribuição de recursos e continuidade em relação aos patamares conquistados até o presente.
02 de Julho de 2015

Adriana Facina - coordenadora PPGAS/Museu Nacional/UFRJ
Andréa de Souza Lobo - coordenadora PPGAS/UnB
BriceSogbossi - coordenador PPGA/UFS
Camilo Braz - coordenador PPGAS/UFG
Carlos Alberto Steil - coordenador PPGAS/UFRGS
EdvigesIoris- coordenadora PPGAS/UFSC
Elisete Schwade - coordenadora PPGAS/UFRN
Fernanda Areas Peixoto - coordenadora PPGAS/USP
Geraldo Andrello - coordenador PPGAS/UFSCar
João Martinho - coordenador PPGA/UFPB
Jorge Eremites - coordenador adjunto de área Antropologia/Arqueologia CAPES
Loredana Ribeiro - coordenadoraPPGAnt/UFPel
Moisés Lopes - coordenador PPGAS/UFMT
Nádia Meinerz - coordenadora PPGAS/UFAL
Omar Thomaz - coordenador PPGA/UNICAMP
Parry Scott - coordenador de área Antropologia/Arqueologia CAPES
Paulo Mello - coordenador PROARQ/UFES
Rita Scheel-Ybert - coordenadora PPGArq/Museu Nacional/UFRJ
Sidney Silva - coordenador PPGAS/UFAM

********************************************



O Canal Futura lançará em breve a série: “Achado no Meu Quintal”, programa que pretende chamar a atenção do telespectador para a possibilidade de que haja muito próximo a si um sítio arqueológico do qual ele não tem conhecimento. Assim sendo, a equipe da Produtora Mobcontent  esteve em nossa sede para entrevistas com o Professor Ondemar Dias e o Professor Gênesis Torres.

Tinha como agenda fazer alguns takes e algumas poucas perguntas, mas diante da, segundo a própria equipe, impressionante estrutura da instituição permaneceram todo o dia desenvolvendo um trabalho que englobasse um episódio inteiro como abertura da série.

Agradecemos a atenção dedicada pela equipe, Gracy Laport como coordenadora de produção, Júlia Favoreto diretora de vídeo, Márcio Pereira, diretor de fotografia e Marina D’Ávila, técnica de som direto, a esse tema que instiga e faz brotar sementes de interesse do povo brasileiro para a sua História; História essa que o Instituto de Arqueologia Brasileira vem contando através do resgate de vestígios do nosso passado com cerca de 1,5 milhão de artefatos ao longo dos seus 54 anos de pesquisa, ensino e divulgação da arqueologia brasileira.

O lançamento da série está previsto para meados do segundo semestre deste ano e tão logo saibamos a data divulgaremos aqui para que você também acompanhe e quem sabe, descubra que em seu quintal tem um pouco da história dos seus antepassados aguardando que você a perceba e, através de comunicado aos órgãos competentes, seja devidamente resgatada e compartilhada com todos. Boa sorte. 

***********************************************
NOTA DE ESCLARECIMENTO
Frente às noticias divulgadas na Internet a respeito do afastamento do arqueólogo Divino de Oliveira das suas funções nos SERVIÇOS DE PROCESSAMENTO DE MATERIAL ARQUEOLÓGICO RESGATADO NA FASE 1 DO PORTO MARAVILHA, o Instituto de Arqueologia Brasileira vem a público esclarecer que:
Primeiro – Foi o citado arqueólogo que por livre e espontânea vontade pediu a demissão no Projeto acima citado e o seu desligamento do cargo de Vice-Presidente que exercia na nossa instituição desde 2012;
Segundo – Que o fez por não concordar com o sistema técnico-administrativo adotado pelo Instituto no desenvolvimento daqueles Serviços que deixou claro em reunião de Diretoria do dia 06 de março último, na presença de todos os diretores, classificou de ultrapassados e retrógrados;
Terceiro – Admoestado, recusou-se a aceitar e colocar em prática parte dos procedimentos técnicos do processamento e seleção do material a serem  adotados através do Protocolo Geral  denominado “Orientações – Uma Proposta de Cadeias Operatórias”  de nossa autoria, como responsáveis pelos trabalhos perante o IPHAN e os empreendedores;
Quarto – Que, enfim, temos que admitir já  vinha apresentando nos últimos tempos franca oposição às metodologias de pesquisas do IAB consagradas pela larga experiência de 54 anos, criticando-as sistematicamente e considerando-as inadequada aos tempos atuais. Mostrando-se nitidamente influenciado por outras perspectivas de pesquisa de campo a que chama de abordagens modernas, com as quais não concordamos em sua maioria, essencialmente por sermos Instituição de Pesquisas Arqueológicas e não uma empresa de escavações arqueológicas.  
Quinto – Que, apesar das divergências de pontos de vista, todas, aliás, podendo ser consideradas normais de maneira geral (pensar diferente faz parte da Ciência!); e não concordar sempre com a orientação do Pesquisador Principal, não afetavam sobremaneira o desenvolvimento técnico-cientifico dos trabalhos.  Assim sendo em nenhum momento esperávamos adotasse ele uma posição como aquela que nos surpreendeu na seqüência dos acontecimentos; 
Sexto – Seu pedido de demissão foi apresentado durante uma reunião proposta pelo Diretor Presidente em que se discutiam soluções para algumas discrepâncias de produção entre as equipes envolvidas no Projeto acima supracitado. Discrepâncias, aliás, denunciadas pelo mesmo arqueólogo na reunião de Diretoria ocorrida no dia 06 de março. As soluções propostas, no entanto, foram veementemente criticadas e rejeitadas pelo mesmo, culminando no seu pedido de afastamento do Instituto tanto do seu papel profissional quanto do seu cargo administrativo como vice- presidente do IAB. Abaixo reproduzimos os textos a nós encaminhados por e-mail.
“ Ilmo. Sr. Dr. Ondemar Dias presidente do Instituto de Arqueologia Brasileira -IAB, venho através deste venho comunicar a vossa senhoria que por motivos pessoais, a partir da presente data 12/03/2015 eu Divino de Oliveira estou pedindo o meu desligamento do cargo de Vice-Presidente desta Instituição. Sem mais agradeço pela compreensão. “
“ Ilmo Sr. Dr. Ondemar Dias presidente do Instituto de Arqueologia Brasileira, venho através deste comunicar a vossa senhoria que eu Divino de Oliveira, Arqueólogo pesquisador responsável pela pesquisa de campo no projeto Processamento de Material Arqueológico Resgatado na Fase 1 do Porto Maravilha, comunico que por motivos pessoais a partir de 12/03/2015 estou me desligando deste projeto. Sem mais, abraços do amigo de sempre.”
Sétimo - Não foi, portanto, com alegria que aceitamos seu pedido, oficializado no mesmo dia da Reunião, sobretudo considerando a importância da sua história e sua trajetória institucional. De forma que auguramos sinceramente se encontre onde possa, segundo sua própria vontade e sem a necessidade de obedecer a regras, exercer as funções que tão bem desenvolveu entre nós durante anos, antes da “nova posição técnico-cientifica” agora adotada por ele.
Mas para a tranqüilidade de todos esclarecemos que o fato foi de imediato comunicado ao IPHAN que aceitou as modificações que propusemos na equipe, de forma que o trabalho continua seguro e tranqüilo.         
Esclarecemos, ainda, que o que mais nos surpreendeu foi a notícia, por ele mesmo publicada em sua rede social, de que já se encontrava empregado na tarde no mesmo dia em que se afastou da nossa equipe. Em suas próprias palavras: “Depois de meio dia estressante com a perda do emprego e meio dia de trabalho em um novo emprego nada melhor como uma boa cerveja com amigos para relaxar. Deus existe. Obrigado meu Deus.”
Não gostaríamos de pensar que houve uma ação premeditada. Ação essa que explicaria todas as desarmonias promovidas nos últimos tempos. Não! Terminantemente nos recusamos aceitar tal hipótese, por se tratar, sem dúvida, de um comportamento que não se coaduna com sua honestidade e ética profissional praticada entre nós em quase 40 anos de convivência.
Fica o registro para o bem da verdade.                   
      Diretoria Executiva do IAB 
*****************************************
Tendo participado e ganho a concorrência no processo licitatório para execução da curadoria do material coletado no Cais do Valongo, no mês de setembro de 2014, foi celebrado o contrato entre o Instituto de Arqueologia Brasileira-IAB e a Prefeitura Municipal do Rio de Janeiro no dia 11 de dezembro do mesmo ano para a realização dos, então contratados, serviços. Subsequentemente, no dia 16 do mesmo mês, recebemos em nossa sede a Drª Eliana de Carvalho, (que por anos a fio esteve à frente de muitas pesquisas realizadas pelo IAB e que há muito trabalha no setor de Gerência de Arqueologia da Prefeitura do Rio de Janeiro), acompanhada de Carlos Azevedo, igualmente do mesmo setor, e Washington Fajardo (assessor no Instituto Rio Patrimônio da Humanidade – IRPH).
Estando, todos, envolvidos com o Projeto de Curadoria do Material do Cais do Valongo, fizeram questão de vir conhecer as instalações do Instituto, o que sempre nos dá muito prazer.
Agradecemos a visita e desejamos próximos retornos.

****************************************


Não só retomamos nossas atividades com entusiasmo, mas também, festivamente, comemorando no dia 06 último, o aniversário de colaboradores que nasceram no mês de dezembro e em razão de estarmos em recesso não o pudemos fazê-lo no final do mês, como é de praxe.
Assim, de maneira simples, mas alegre, homenageamos o o nosso presidente, o professor Ondemar Dias, 75 - 17/12 q se encontra de férias, o professor Guilherme, nosso bibliotecário, 83 - 03/12, William Cruz, webdesigner, 21  - 25/12 e Daiane Knupp, 19 anos - 05/01 que, coincidentemente havia aniversariado um dia antes.
E teremos mais ao final de janeiro! Festa, festa, festa! Bora festejar!
***********************************************
Educação Patrimonial. Nem Tudo são Flores...


Como previamente anunciado, o IAB participou do IV Seminário Regional das Relações Étnico-Raciais cujo Tema foi “Direitos Humanos: A Escola e as Transformações Sociais”, realizado pela Secretaria Estadual de Educação – Metropolitanas III, IV e VI – no C. E. André Maurois.
Foi com alegria que aceitamos o convite e com a determinação de sempre em desfrutar de todas as oportunidades que nos é oferecida para educar patrimonialmente, deslocamos nossa equipe bem cedinho, na última quarta-feira, 30 de outubro, para a zona sul da cidade do Rio de Janeiro,  juntamente com todo o aparato de montagem de duas oficinas: A “Peneiras de Ciências” e a “Retratos do Passado”.
Mas qual não foi a nossa surpresa quando percebemos o tamanho do descaso em que fomos inseridos no contexto do evento ao nos vermos isolados no terceiro andar, numa sala descuidada e distantes de todas as outras Oficinas - que se desenvolviam no pátio da escola- e sem qualquer apoio de logística (água, estacionamento, alimentação) ou de divulgação e inscrição dos interessados, (todas, ações previamente combinadas com os organizadores do evento).
Lamentavelmente, nós, que trabalhamos incessantemente no pilar da Educação Patrimonial, nos sentimos, naquele momento, travando sozinhos uma já tão dura batalha: a de educar sobre os valores que solidificam nossa Identidade como Nação; missão árdua por si só, visto que, por vezes, nem mesmo as próprias instituições mais interessadas (as governamentais) dão-se ao trabalho de valorizá-la.
Fizemos o que nos foi possível atendendo carinhosamente o pequeno grupo de professoras que se interessaram pela Oficina “Peneiras de Ciências” do qual, algumas até se divertiram participando da Oficina “Retratos do Passado”, cuja proposta é “incorporar” personagens da nossa história e, pasmem! Duas, talvez quatro, alunas que, por acaso, foram passear por aquela área da escola e que muito nos honraram com suas presenças.
Sem esquecermo-nos de parabenizar a todos pelo sucesso do evento em todas as outras áreas, deixamos aqui registrada a nossa frustração, que levamos como lição de que há que termos ainda mais força, persistência e determinação para ultrapassar barreiras, na esperança de que a nossa voz, como defensores da valorização do Patrimônio Material e Imaterial do nosso Povo, seja ouvida e seus sentimentos compreendidos.
Agradecemos mais uma vez aos nossos monitores William Cruz, Cintia Silva e Rodrigo Rubens (registrando fotograficamente) pelo entusiasmo com que se dedicaram a mais este momento na nossa caminhada.

**************************************
Even Construtora Filma Documentário no IAB

Estiveram hoje no IAB Nathália Pimentel, assistente de Marketing de Relacionamento da Empresa Even Construtora, Daniel Wajsman, Edmundo Aldebracht e Felipe Piacesi do Grupo Brasil DPE, para filmagens de um documentário sobre o Projeto de Arqueologia e Educação Patrimonial Inválidos 123, cujas pesquisas foram realizadas a partir de 2013 e que atualmente prossegue com monitoramento diário. Em breve, o documentário. 

*************************************
IPHAN/CNA vistoriam o IAB
O Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional–IPHAN e o Conselho Nacional de Arqueologia-CNA vêm realizando vistorias dentre as mais de quatrocentas instituições distribuídas pelo país, as quais detém o endosso de salvaguarda de material arqueológico, ou pretendem obtê-lo, objetivando fazer um levantamento das metodologias que vêm sendo utilizadas na gestão de patrimônio, por esses locais de guarda, a fim de padronizar critérios que permitam uma adequada e democrática fiscalização, com o objetivo final de criar o Plano Nacional de Gestão de Patrimônio.
Assim sendo no dia 08 de outubro de 2014, Danilo Curado, arqueólogo-coordenador do CNA- Brasília-DF, Regina Coeli P. Silva, arqueóloga-coordenadora do IPHAN-RJ, Marcela N. Andrade, Iphan–RJ, com o apoio das consultoras da UNESCO a serviço do CNA/IPHAN, Ana Carolina Montalvão e Ana Paula Leal vistoriaram, por cerca de três horas, todas as instalações do Instituto de Arqueologia Brasileira-IAB.
A equipe documentou, por escrito e por meio de fotografias, todas as respostas às questões levantadas, na visita guiada pelo presidente do Instituto, Professor Ondemar Dias, seu vice-presidente, Divino de Oliveira, arqueólogo, Jandira Neto e Graziela Francisco, ambas também arqueólogas.
Ao final da inspeção foi servido um almoço para todos, seguido de produtivas conversas a respeito do momento que vive a arqueologia brasileira e seus próximos idealizados futuros.
O Instituto de Arqueologia Brasileira-IAB agradece a atenção e paciência da equipe em ouvir e registrar cuidadosamente cada informação, e em especial ao IPHAN/CNA pelos 53 anos de confiança depositada no IAB para salvaguarda de tanta História brasileira e aguarda o parecer final dos respectivos órgãos, na expectativa de continuar sendo reconhecido como capaz de cuidar de tal patrimônio e de portar tamanha responsabilidade social e cultural.


E por fim o IAB agradece também à sua equipe, pelo empenho e dedicação que oferecem na manutenção do seu melhor funcionamento
******************************

O Curso de Acondicionamento e Conservação Preventiva de coleções Arqueológicas em Reservas Técnicas trouxe à luz as mais modernas tecnologias de acondicionamento de acervos, proporcionando aos que dele participaram neste último fim de semana (30 e 31/08) grande aprendizagem.
Foi uma verdadeira oxigenação nas metodologias já adotadas pelo Instituto de Arqueologia Brasileira – IAB, promovendo ganhos para ambos os lados.
Agradecemos à Professora Cleide Martins e a todos que creditaram mais um ponto a um dos pilares da missão do IAB neste caso, o Ensino. Grato a todos e até o próximo!
Acompanhem pelas fotos como aconteceu. 

________________________________

No sábado , dia 09 /08 / 2014, o Instituto de Arqueologia Brasileira (IAB) prestigiou os 25 anos do terreiro Ilê Igbo Agan, localizado no bairro Olavo Bilac, em Duque de Caxias. A casa de santo foi fundada pelo Alagba  Onikoi Tavares Braga ( Ojé Braga ), iniciado ao culto de egungun no Ilê Agboulá , na Ilha de Itaparica (Bahia). Em 2013, o Ilê Igbo Agan foi uma das comunidades tradicionais de terreiros documentadas para o Projeto de Divulgação e Estudos de Patrimônio Imaterial do Arco Metropolitano do Rio de Janeiro.O IAB foi representado pela historiadora Cintia Silva e levou para o evento a Exposição Arco Cultural , além de apresentar o vídeo da entrevista concedida por Ojé Braga durante a pesquisa de campo do Projeto supracitado. Parabéns à toda comunidade do Ilê Igo Agan!
                                                                                                                                                    Por Cíntia Silva

_______________________________________________________________
Na última sexta-feira dia 27 de junho de 2014 o Instituto de Arqueologia Brasileira-IAB promoveu sua tradicional festa junina juntamente com o “Chá de Fraldas” de sua funcionária e futura mamãe, Letícia Sampaio e a primeira palestra apresentada pelo aluno do Projeto Pesquisador Curumim, André Kepler.
Este projeto, idealizado por Jandira Neto, psicóloga, arqueóloga e gestora do mesmo, é desenvolvido pelo IAB e dirigido a adolescentes que, entre outros requisitos, residam no entorno da Instituição e tem como objetivo formar futuros pesquisadores em arqueologia. 
Seus alunos são bolsistas que recebem informações sobre a Arqueologia Histórica e Pré-Histórica, História, Geografia e Biologia; treinamento técnico nas áreas de zooarqueologia, curadoria e análise de material cerâmico, louça, metal e lítico;  estudos básicos sobre pintura rupestre e restauração de peças arqueológicas e ainda treinamentos complementares em computação (catalogação e arquivamento de dados). 
Aprendem também a cuidar da organização dos laboratórios e dos acervos. No atendimento a visitantes e grupos escolares, atuam como guias de exposição e auxiliares de Educação Patrimonial, além de participarem da coordenação de oficinas de arte rupestre e mini sítio arqueológico.
Na ocasião o pesquisador curumim André Kepler, apresentou uma palestra sobre a evolução humana, com ênfase em arqueobiologia, salientando o povoamento do homem primitivo em diversos continentes e sua evolução; demonstrando o início do uso do fogo, do fabrico de ferramentas e a domesticação de plantas e de animais. E o fez expressando-se com muita propriedade sobre o assunto! 
Sua apresentação foi considerada, por seus avaliadores e demais presentes, bastante satisfatória, nos enchendo de alegria por percebermos a sua dedicação e como consequência seu visível progresso nos primeiros passos na carreira que pretende seguir.

Parabéns André e obrigado por responder tão positivamente à nossa proposta!


_______________________________________________




E o dedicado Professor de História do Colégio Sociedade Educacional Souza Aguiar, Flávio Feijoli, trouxe mais uma turma para participar do Programa de Educação Patrimonial “Bem Vindo ao Mundo da Arqueologia” ontem, 12 de maio de 2014, quando, entusiasmados, interagiram bastante com os monitores, provocados por tão novas informações!
Após o momento de descontração com um leve aquecimento inespecífico foi dividida em pequenos grupos e apresentada ao “novo mundo” através das Exposições “IAB 53 anos de Descobertas”; “A Evolução Genética e Cultural do Povo Brasileiro”; o “Mini-Sítio Jatobá” (descobertas de antigas estruturas); "Jardins Suspensos do Valongo: Um Lixão de 13 Mil Artefatos”. Também lhes foi mostrada a excepcional Reserva Técnica de tantos anos de pesquisa, contando um pouco da história de alguns artefatos.
 E ainda divertiram-se com o eletrizante Jogo da Memória de figuras de artefatos, desenvolvido pelo IAB e hospedado em nosso site, o que promoveu a imediata interação de todos.
Ao final, o tradicional lanchinho, já de posse do material didático para futuras consultas.
E eles vão embora... Levando em seus corações (e em seus celulares!) lembranças de um dia extraordinário e, com tudo que foi oferecido, acreditamos terem sido despertadas em suas tão jovens mentes, variadas questões que os direcionarão na ampliação de seus horizontes.
Agradecemos ao Professor Flávio e suas auxiliares pela persistência no valioso trabalho de colaboração na Educação Patrimonial, proporcionando aos seus alunos tão importante contribuição na edificação de seus valores.
E sejam, todos, sempre bem vindos ao Mundo da Arqueologia!

Por Antonia Neto


---------------------------------------------------------------------

Em Ritmo de Educação Patrimonial



Hoje, 21 de março de 2014, recebemos com alegria a turma da 6ª série do colégio Sociedade Educacional Silva Aguiar localizada no Bairro Bom Pastor, Belford Roxo, Rio de Janeiro, para o Programa de Educação Patrimonial “Bem Vindo ao Mundo da Arqueologia”.

O Professor de História Flávio Feijoli, assim como fez em anos anteriores, trouxe a sua turma para conhecer de perto parte da História de nossos antepassados, contada através dos artefatos, resultados das pesquisas do Instituto de Arqueologia Brasileira-IAB.

As condições da estrada (de barro) não permitiu o acesso do veículo que os transportou, até a porta do Instituto, mas isso, ah! Faz parte da aventura! E a turminha chegou animada...

Que Mundo seria esse tal de... Arqueologia?

Recebidos pela equipe de Educação Patrimonial logo começaram a desvendar o grande mistério.

Foram conduzidos à área de prédios onde é guardado o acervo e onde são feitas as análises dos materiais. Lá então lhes foi proposto um aquecimento inespecífico... Uma brincadeira, por assim dizer para que, se de desanimados não tinham nada, pudessem descontrair-se ainda mais e aproveitar melhor o que lhes seria apresentado.

Participaram de oficinas onde puderam ver detalhes de artefatos com lupas e microscópios e ratificaram a experiência manuseando o material etnográfico disponibilizado para este fim (a cópia de um crânio fez sucesso com a galerinha!); e ainda conheceram parte da Reserva Técnica. Ah! Eles não deixaram passar em branco não! Tudo fotografado!

Após essa pequena amostra o monitor fez um breve teste perguntando-lhes o que era arqueologia e se ela estudava os dinossauros. É! Eles aprenderam!

Enquanto isso professor Flávio conversa com Jandira Neto, arqueóloga e idealizadora do Programa de Educação Patrimonial do IAB.

Ao final dessa parte, uma foto clássica da turma.

Mas tinha mais.

Reconduzidos ao prédio do anexo 07 e divididos em grupos, souberam um pouco mais sobre a evolução genética e cultural do povo brasileiro diante e da camada estratigráfica, onde começa com as conchas dos povos sambaquianos e chega até o material dos nossos dias.

Mas olha só como brincando eles aprenderam também... Um Jogo da memória virtual com imagens de artefatos que fez o maior sucesso!

Também foram convidados a conhecer a Exposição “IAB 51 anos de Descobertas” onde, entre outros, conheceram a múmia Acauã de 3.000 (três mil) anos encontrada numa caverna em Unaí-MG e ... as urnas funerárias tão esperadas! E, em seguida receberam material didático sobre arqueologia.

Ao final um lanchinho com bolo e refrigerante para todos e, por que não, um “selfie” do mestre com seus alunos!

Agradecemos ao Professor Flávio Feijoli e suas auxiliares Emily de Barros e Thaiane Barros, pela consciente inciativa em promover a educação patrimonial para seus alunos.

E aos alunos desejamos que essa experiência tenha lhes trazido desde agora e no futuro, valores essenciais para preservação da nossa História!


*************************************************

Um Calçamento, Muita História


Conforme noticiamos em setembro de 2013, com o tráfego de veículos pesados obrigatórios para a manutenção dos oleodutos, dentro da Reserva Biológica do Tinguá, a histórica Estrada Real do Comércio vem sofrendo impactos, provocando a desestabilização do seu calçamento e preocupação aos seus usuários.
Em busca de uma solução para utilização da via de acesso, decidiu-se por um plano de recuperação para o pavimento de pedra sendo idealizado então, o “Projeto de Recuperação da Estrada do Comércio”.
 Para sua execução o Instituto de Arqueologia Brasileira-IAB foi contratado como gerenciador de uma força tarefa envolvendo profissionais de várias áreas, objetivando desenvolver um estudo multidisciplinar sobre a viabilidade de sua recuperação funcional nos dez quilômetros de calçamento original resguardados na Reserva.
Entre esses profissionais estão: engenheiros, topógrafos, arquitetos, arqueólogos, historiadores e biólogos, cabendo ao IAB a coordenação dessa equipe.
Como primeiras medidas de proteção à Reserva foi ministrado pela Gerência de Meio Ambiente da Petrobrás Transportes S.A. -Transpetro, um curso de Treinamento em Educação Ambiental a todos os envolvidos no projeto, salientando como se comportar dentro de uma reserva biológica causando o mínimo de impacto nas espécies que ali vivem.
Dissemos na ocasião que as equipes estavam sendo mobilizadas para novos treinamentos e levantamento dos dados.

Pois bem no último dia 27 de janeiro foi dado mais um passo com o início de levantamento de dados por uma empresa especializada em restauração e consolidação de estruturas históricas, com o acompanhamento da equipe de monitores do IAB.

-----------------------------------------------------------------------------------------------------                                                                                                          

Segurança no Cotidiano...


      No último sábado dia 25 de janeiro foram ministrados no Instituto de Arqueologia Brasileira-IAB, cursos visando a segurança de todos, pela empresa que fornece extintores para a instituição, com apoio da Jandira Neto e Cida Gomes que produziram o “Alerta para Prevenção e Combate a Incêndios”, onde visa orientar os empregados, prestadores de serviços e visitantes para que possam de forma organizada, atuar e controlar uma situação de emergência, seja evacuando o local, combatendo sinistros ou prestando atendimento de primeiros socorros, com as regras de segurança em atendimento aos requisitos básicos do Corpo de Bombeiros, e da Lei do Ministério do Trabalho e Emprego MTE nº. 6.514/77 e Portaria nº. 3.214/78 - Norma Reguladora – NR 23.
        Como sabemos o de “Primeiros Socorros” propriamente dito, habilita os que se dispõem a atuar em casos de acidentes de trânsito ou mesmo em situações cotidianas como paradas cardíacas, hemorragias, amputação de membros, etc., sobre quais providências devem ser tomadas, segundo orientação do DETRAN.
         Todos os funcionários presentes tiveram a oportunidade de conhecer tipos de extintores de incêndio e seus usos de acordo com materiais que promovam o mesmo. Uma vez que o uso inadequado do extintor pode aumentar o grau da combustão, ficaram todos satisfeitos por se tornarem cientes da importância de tais conhecimentos.

--------------------------------------------------------------------------------------------------------

Tradição: Patrimônio de um Povo

 

         A Folia de Reis é uma manifestação religiosa trazida pelos portugueses para o Brasil e a Flor do Oriente é uma das poucas que resistiu ao longo do tempo. São 142 anos de história onde quatro gerações da família Vicente de Moraes, empunham a mesma bandeira, trazida de Minas Gerais pelo mestre Miguel Vicente de Moraes, em 1944.
         A Festa de Arremate Reisado Flor do Oriente mobilizou neste sábado dia 26 de janeiro a comunidade de Vila Rosário e contou com a participação de várias folias visitantes oriundas de diferentes localidades como Tijuca, Mesquita e Nova Iguaçu.
         Com grande participação do público a festa teve início às 22 horas e só terminou no dia seguinte com o tradicional almoço do meio-dia.
      O Instituto de Arqueologia Brasileira-IAB contribuiu com o evento, numa premissa de apoiou à preservação de extraordinário patrimônio Cultural Imaterial da cidade de Duque de Caxias, no Rio de Janeiro e parabeniza a todos por cultivarem tradições que traduzem parte da alma do Povo Brasileiro.



 IAB - Compromisso com Preservação do Patrimônio Imaterial



No dia 11 de janeiro de 2014, aconteceu o 9º Encontro Cultural de Folia de Reis do K11, em Nova Iguaçu.
O evento, organizado por Edson Sígolo, teve apoio do Instituto de Arqueologia Brasileira (IAB) e contou com a participação de sete folias de reis, Bandeiras oriundas de diversas partes do Estado do Rio de Janeiro. Representantes da cena cultural da Baixada Fluminense prestigiaram o Encontro, entre eles, Marcelo Borghi (Secretaria de Ação Cultural), Marcos Monteiro (INEPAC), Maurílio Pires (Baque da Mata),  a pesquisadora Marilena Medeiros e o fotógrafo Jorge Ferreira. Centenas de pessoas acompanharam o tradicional festejo popular que celebra a jornada dos três reis magos à Belém, na ocasião do nascimento do menino Jesus.
O apoio do IAB a esse tipo de evento ratifica o compromisso da Instituição em contribuir para a preservação de tradicionais manifestações culturais na Baixada Fluminense.

                                                                                                           Por Cíntia Ray
 
************************************************************************

Folia de Reis é um festejo popular relacionado às comemorações natalinas, trazido para América Portuguesa na época da colonização. Apresentando características profano-religiosas, as Folias de Reis, também conhecidas como Bandeiras, celebram a jornada dos três reis magos, orientados pela estrela guia até o local de nascimento do menino Jesus. Os mestres, contramestres, alferes e palhaços são personagens característicos das Folias. Os cânticos celebram o nascimento de Jesus.

Segundo a pesquisadora Marilena Medeiros, o bairro Caonze pode ser considerado o grande celeiro cultural de Nova Iguaçu. Na parte alta do bairro, há entrada para a Reserva Biológica do Tinguá . O morro do Caonze, como é popularmente conhecido, localiza-se cercado pela vegetação e abrange uma boa parte do cenário cultural do município. Nesse local, surgiu a primeira Folia de Reis da cidade, a Nova Jerusalém, liderada por Sebastião Sígolo, o Mestre Branquinho. Em uma parte afastada do morro, Mestre Branquinho construiu , na década de 50, uma capela dedicada a Nossa Senhora das Graças.

Há quase uma década, Edson Sígulo, sobrinho de Mestre Branquinho e antigo morador do bairro de K11, organiza o Encontro de Folia de Reis no município de Nova Iguaçu. Nesse ano o encontro acontecerá no próximo dia 11 , na Praça Marília Barbosa (Pça. do K-11) - Nova Iguaçu/RJ a partir das 21 horas. O Instituto de Arqueologia Brasileira (IAB)  é um dos apoiadores do evento e  convida a todos a prestigiar o 9º Encontro Cultural de Folia de Reis do K11.
                                                                                                                                                    Por Cíntia Ray

Informações: 9-9119 -5575 ( Edson Sígolo -organização)

Nosso Bairro,  Nossa História

 



Com o propósito de comemorar o 50º aniversário do Colégio Estadual Santa Tereza, ocorrido em outubro depois da completa reestruturação de suas instalações, e ainda o Dia da Consciência Negra em 20 de novembro, o corpo docente do colégio, com o apoio da Secretaria Estadual de Educação SEEDUC – Coordenadoria Estadual de Educação Metropolitana VII promoveu o evento “Resgatando a Identidade”, cujas manifestações privilegiaram homenagens ao bairro onde está localizado - Santa Tereza, na cidade de Belford Roxo - e também ao poeta, jornalista, escultor e defensor das causas afrodescendentes, Abdias Nascimento.
Realizado no dia 29 de novembro de 2013, a abertura do evento se deu com as falas das personalidades que compunham a mesa: Cristiane Carvalho, diretora do colégio; Arlington Alves, mediador tecnológico da Instituição; Jandira Neto, arqueóloga do Instituto de Arqueologia Brasileira-IAB; Maria Aparecida Nazário, diretora da Creche Municipal Casa da Criança; Rosalinda Souza, representante da Coordenadoria Estadual de Educação Metropolitana VII e Amanda Batista, agente de acompanhamento de gestão escolar.
O Projeto, com formato de Feira Integrada, trouxe os trabalhos desenvolvidos pelos professores e seus alunos e contou com a participação do Instituto de Arqueologia Brasileira-IAB que levou a exposição “Vila Santa Tereza, Patrimônio Cultural de Belford Roxo” onde foi exibido material dos sítios arqueológicos resgatados por pesquisas desenvolvidas pelo IAB na região; sendo eles: Engenho Nossa Senhora da Vitória; Engenho do Calundu; Da Baixada e Sambaqui da Marquesa; demonstrando assim a importância do bairro através de sua ocupação histórica.
Com o intuito de promover ainda mais a valorização do patrimônio cultural do bairro, foi exposto um mapa com a localização destes sítios, surpreendendo a todos por residirem tão próximos de áreas com tal importância na história da Baixada Fluminense.
Sendo igualmente levada ao público, por meio de um vídeo, a existência do Projeto Pesquisador Curumim desenvolvido pelo IAB e que objetiva estimular em adolescentes (residentes do bairro) o gosto pela pesquisa arqueológica.
O evento foi colorido por diversas manifestações culturais tais como: danças, peças teatrais, apresentações de trabalhos e de vídeos; culminando com a apresentação do desfile de alguns alunos, tendo como alvo a elevação da autoestima destes e, sutilmente, propondo o mesmo aos demais.
O Instituto de Arqueologia Brasileira-IAB é particularmente grato aos organizadores do evento pelo convite de participação ativa: Nelson de Jesus, Carla Cristina, Lucimar Medeiros, Simone Holanda e Ana Carolina Benate, desejando continuar sempre trabalhando em comunhão com todos os que se dispõem à valorização cada vez maior do bairro, onde foram projetados e estabelecidos tantos ideais; e igualmente agradece o empenho dos seus colaboradores para a realização do mesmo.
                                                                                             Por Antonia Neto

 Ensinando a Proteger

 

É sempre com muita alegria que a equipe de Educação Patrimonial do Instituto de Arqueologia Brasileira-IAB leva às comunidades impactadas por empreendimentos, a importância da valorização dos seus patrimônios, despertando-as através de Oficinas e muita informação, para este mundo tão pouco difundido na educação em geral.
E foi assim, com esta alegria, que nos dias 07 e 08 de novembro de 2013 realizou-se na Escola Estadual Municipalizada Prof. Paulo de Assis Ribeiro em Seropédica-RJ, o trabalho de Educação Patrimonial referente às atividades de arqueologia de campo do Projeto RJ-125, para os professores e alunos na faixa etária entre 04 e 14 anos,
Foram promovidas Oficinas de Narração de Histórias; de material didático para contato direto com primeiros objetos criados e sua evolução; Vídeos e Oficina de Pintura Rupestre.
Entre tantas atividades, uma em especial provocou sobremaneira a imaginação da Turma: quando lhes foi proposta uma encenação para entender os rituais indígenas de enterramento de seus mortos em uma urna. Um informação muito ímpar para eles...com certeza!
Foi ministrada uma palestra com o Tema: “Afinal, o que é Arqueologia?” e todos assistiram ainda ao vídeo do traçado da obra do Arco Metropolitano do Rio de Janeiro, cujo entorno da área onde se localiza a escola também será impactada por ela.
Segundo os professores, muitas questões foram despertadas em seus alunos, promovendo um entusiasmo coletivo para a obtenção de mais conhecimentos além do contido no material sobre arqueologia, distribuído nos dois dias do evento.
O quadro docente foi convidado a conhecer um pouco mais sobre os métodos de psicodrama pedagógico aplicados durante os trabalhos e com que ações junto aos alunos poderão contribuir para a produção do material de devolução sociocultural para a escola, resultados das pesquisas arqueológicas, que já foram e serão, desenvolvidas na região.
Coube à Jandira Neto e sua equipe do quadro de Educação Patrimonial: William Cruz e Graziela Francys, com o apoio de Tacianne Lopez e Cida Gomes a produção e execução de mais esta realização.
O Instituto de Arqueologia Brasileira-IAB é grato aos professores e alunos pela atenção e carinho dedicados e em especial à Diretora Redjane Aparecida V. Martins e a Diretora-adjunta Jozane Figueira, desejando que o trabalho realizado com a colaboração de todos, possa fazer brotar fortes sementes de valorização do nosso patrimônio e que cada uma dessas sementes possam vir a gerar outras, criando assim com o passar do tempo uma verdadeira muralha de proteção para tão valiosos tesouros.
                                                                        Por Antonia Neto

****************************************************************

Um Passeio no Passado



Para uma turminha que, segundo a ciência, o cérebro está se reorganizando e não se tem muita noção do que é e não é relevante para sua vida; onde dados novos se perdem no turbilhão que é a sua cabeça e ele só retém na memória o que chama muito a atenção, então por que não ilustrar as aulas do adolescente levando-o ao contato direto com elementos que ajudam a contar a História?
Assim sendo o Professor de História do Centro Educacional Corumbá em Nova Iguaçu, Jonas Torres convidou seus alunos no dia 11 de novembro para um passeio ao Mundo da Arqueologia.
Recebidos pela equipe de Educação Patrimonial foi inicialmente proposto um aquecimento inespecífico onde bater o pé no chão e as mãos sobre a cabeça já deixou a turma animada e, após a “brincadeira”, divididos em pequenos grupos, foi iniciada a programação.
Olhinhos atentos enquanto a monitora se deslocava de um lado para o outro para demonstrar a nossa evolução de caçadores-coletores aos dias atuais e a história da nossa miscigenação.
E como se faz uma escavação em um sítio arqueológico? A curiosidade é instigada e perguntas enchem o ar! Que mundo é esse que estão descobrindo?
E ao que parece na sala de Exposição o interesse se mantém no ritmo...
Ao final da apresentação folders sobre arqueologia para reforçar o aprendizado.
Uma pequena pausa para o lanche e estão de volta.
Lindos quando interagem com a monitora na Oficina de contato direto com artefatos que trata da evolução dos objetos.
Enfim, receber para educar sobre patrimônio é sempre muito gratificante, por isso o Instituto de Arqueologia Brasileira-IAB agradece ao Professor Jonas, seus parceiros e aos seus alunos, esperando ter cumprido o propósito da visita e aguarda novas oportunidades de propagar a Educação Patrimonial em mais setores da sociedade, contando sempre com a dedicação de sua equipe: Paloma Santana, William Cruz, Letícia Sampaio e Graziela Francys, sob a coordenação geral de Jandira Neto.
                                                                        Por Antonia Neto

****************************************************************

Nem Só de Arqueologia Bíblica....



 O Professor de Teologia Márcio Cândido pesquisava na internet dados relacionados à arqueologia para que melhor ilustrassem suas aulas de arqueologia bíblica e foi surpreendido pela existência do Instituto de Arqueologia Brasileira bem aqui, na Baixada Fluminense! 
E foi assim que no último sábado, dia 09 de novembro recebemos em nossa sede para participarem do Programa de Educação Patrimonial “Bem Vindo ao Mundo da Arqueologia” os 30 alunos do curso de teologia do Instituto Bíblico Ebenézer de Seropédica.
A equipe do quadro de Educação Patrimonial (Letícia Sampaio, William Cruz e Paloma Santana) recebeu os visitantes e os conduziu, através de Oficinas e Exposições, ao extraordinário mundo da arqueologia brasileira, produzindo admiração e despertando muitas questões em todos.
O Instituto de Arqueologia Brasileira agradece a visita e espera ter contribuído para a melhor assimilação dos visitantes do quão valoroso é este patrimônio, demonstrando a importância da arqueologia para a compreensão do passado e seu aporte para o entendimento do presente e futuro. 
                                                                                                            Por Antonia Neto


********************************************************************************* 

Ciência e Tecnologia a Serviço da Arqueologia


A Semana da Ciência e Tecnologia - SNCT é realizada em todo o país no mês de outubro, desde 2004, sob a coordenação da Secretaria de Ciência e Tecnologia para Inclusão Social (Secis) do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI) e a colaboração de entidades e instituições de ensino, divulgação e pesquisa. Sua principal finalidade é mobilizar a população, em especial crianças e jovens, a respeito de temas e atividades de ciência e tecnologia (C&T).
Na cidade de Belford Roxo a Semana Municipal de Ciência e Tecnologia foi realizada no Country Club nos dias 24 e 25 de outubro, com a participação de empresas e instituições.
Na abertura palestraram representantes da Prefeitura Municipal de Belford Roxo (vereadores e Secretarias) e de instituições que participaram com stands, onde o prefeito de B. Roxo, Dennis Dauttmam foi representado por sua esposa e Secretária de Assuntos Especiais, Raquel Dauttmam, e pelo Vice-prefeito e Secretário de Educação, Douglas da ACR.
Também expuseram suas ideias o mestre em educação e professor de educação física, Júlio Maia, discursando sobre ciência, saúde e esporte e o representante do Instituto de Arqueologia Brasileira, (IAB) graduando em História, William Cruz.
Os visitantes puderam ver no decorrer dos dois dias do evento apresentações de capoeira, karatê, futsal e outras atividades de alunos e também os stands, onde foram abordados temas desde o tratamento da água, sistema de irrigação inteligente até programas de computadores voltados para surdos e cegos onde trabalhos inovadores de alunos da rede municipal e estadual concorreram entre si com o objetivo de os três primeiros lugares representarem o município na Semana Estadual de Ciência e Tecnologia.

O stand do Instituto de Arqueologia Brasileira - IAB com o tema "Ciência e Tecnologia a Serviço da Arqueologia", demonstrou a evolução tecnológica de ferramentas fundamentais utilizadas na pesquisa arqueológica. O encontro com objetos antigos como máquinas fotográficas e máquinas de datilografia, hoje substituída pelo computador que disponibiliza rapidamente, por exemplo, mapas que antes eram desenhados à mão (e que são de suma importância para o pesquisador), causaram admiração e até certo espanto nas crianças e jovens.
Houve também grande interesse pelo jogo eletrônico de arqueologia, produzido pelo IAB e disponibilizado no stand, para diversão, despertando o desejo nas crianças, jovens e até adultos a conhecerem mais sobre o extraordinário mundo da arqueologia.
Entre outros, recebemos a Secretária Municipal de Assistência Social e Direitos Humanos, Sulamita do Carmo da Silva (Sula) que se encantou pelo nosso trabalho demonstrando interesse em conhecer melhor a Instituição.

Para realização deste evento contamos com o empenho dos funcionários do nosso quadro de Educação Patrimonial Letícia Sampaio e William Cruz e os “pesquisadores curumins”, Andrew Lima e André Keppler, sob a coordenação geral de Jandira Neto.
O Instituto de Arqueologia Brasileira agradece o convite aguardando próximas oportunidades de levar ao conhecimento do público a existência do valioso patrimônio, parte da História do Povo Brasileiro que está sob a salvaguarda do IAB, mas que pertence a todos:
                                                                                                                                Por Antonia Neto

********************************************************************


Primavera Cultural em Belford Roxo 





O evento “Primavera dos Museus” que ocorre anualmente desde 2007, é uma iniciativa conjunta entre instituições museológicas de todo o Brasil e o Instituto Brasileiro de Museus-Ibram.

                O Ibram lança o Tema e propõe aos Museus a criação de atividades especiais para a dinamização do trânsito cultural em suas instituições, promovendo o fortalecimento de suas imagens, agregando visibilidade às mesmas e conduzindo ao estreitamento das relações entre eles e as comunidades.

Em 2013 o tópico proposto foi “Museus, Memória e Cultura Afro-brasileira” que, na cidade de Belford Roxo, realizou-se na Casa da Cultura entre os dias 23 e 29 de setembro.

No dia do encerramento estes foram alguns dos pontos discorridos:

A História da África, desenvolvida pelo historiador e Professor Agnaldo Pinto; a História do Acarajé, trazida pelo Sr. Paulo D’Ogum; uma breve, mas inflamável e tocante fala do Sr. Nabby Clifford, africano natural de Ghana (residente no Brasil há 30 anos) que sublinhou a diferença entre a palavra “negro” e “preto” esclarecendo que "na África não há “negros”, porque “negro” é um termo pejorativo criado pelos escravizadores para denominar o africano em sua condição de traficado”.

Palestraram também o Sr. William da Silva, representante do Conselho Municipal de Cultura, propondo à comunidade o informe de suas necessidades culturais ao Conselho; a Sr.ª Isabel de Oyá (Associação Cultural e Recreativa Afoxé Raízes Africanas) coordenadora do evento, que trouxe a rica cultura africana expressada por meio da religiosidade;  a Sr.ª Maria das Graças (Ponto de Cultura Ervas da Casa da Memória) citou os saberes do povo africano no tocante às ervas medicinais; a Sr.ª Paula Janaína (Incubadora Afro-brasileira) trouxe a informação de suporte a novos empreendedores e a Sr.ª Ariane de Souza, assistente social, propôs intervenções sociais para a cessação da equivocada tradição onde visitas a Museus são para as classes dominantes.

Também prestigiaram o Encontro os, respectivamente, Secretário e Subsecretário de Cultura senhores Emerson Pires e Dida Nascimento e os representantes do Ibram, Sr.ª Sara Couto e Felipe Silva.

O Grupo de Capoeira Palmares fez uma bela apresentação, animando com o som dos berimbaus e carimbando o evento com este forte símbolo da cultura afro-brasileira.

Dentre as diversas manifestações culturais relacionadas ao Tema o Instituto de Arqueologia Brasileira - IAB contribuiu com a Oficina “Peneiras de Ciências”, cujo material didático composto por artefatos etnográficos, originais e réplicas, proporcionam um contato direto do público com os vestígios do passado.

O representante do IAB na mesa de palestras, William Cruz apresentou o Instituto e salientou a riqueza de material, criado pelos povos africanos trazidos ao Brasil e coletado nas pesquisas realizadas pelo Instituto ao longo de seus 52 anos de colaboração com o resgate, entre outros, da Memória Afro-brasileira.

Estas e outras informações pertinentes ao Encontro ecoaram pelo salão da Casa da Cultura e somaram-se na memória dos presentes, enriquecendo culturalmente a todos.

Agradecemos o convite e aguardamos o próximo encontro, bem como a visita de todos ao IAB para a solidificação de importantes pilares da nossa Instituição: o Ensino e a Divulgação da Arqueologia Brasileira.
                                                                                                                                       Por Antonia Neto


No calçamento da História

A manutenção do duto de transporte de derivados de petróleo, Orbel I do trecho instalado dentro da Reserva Biológica do Tinguá na década de 1960 , vem sendo executada pela Petrobrás Transportes S.A. – Transpetro,


mediante monitoramento arqueológico do Instituto de Arqueologia Brasileira- IAB desde novembro de 2012, por exigência do ICMbio, gestor da Reserva.
.



Acompanhada de toda a riqueza da fauna e flora da Reserva, se encontra ali também parte de outro patrimônio de grande valor histórico para o Brasil, em especial para o Rio de Janeiro, que é um trecho da Estrada Real do Comércio: [i]primeiro caminho aberto para o escoamento da produção de café produzido no Rio de Janeiro passando pelo Vale do Paraíba; idealizado em 1811, concluído em 1822 e, o primeiro trecho, calçado com pedras, em 1842.



Embora tenha sido de valiosíssima utilidade, anos depois, vários fatores a induziram à decadência, entre eles estão: a inauguração da Estrada de Ferro D.Pedro II em março de 1958, a Estrada do Rodeio, (atual Engenheiro Paulo de Frontin) e a Paty de Alferes, que abriu um caminho alternativo até a região cafeeira do vale do rio Paraíba do Sul.


Para contar um pouco da sua história, ainda hoje são encontradas ruínas de estruturas do século XIX ao longo da estrada.
No entanto, com o tráfego de veículos pesados obrigatórios para a manutenção dos dutos, a estrada vem sofrendo impactos, provocando a desestabilização do seu calçamento e preocupação aos seus cuidadores.


Em busca de uma solução para utilização da via de acesso,  decidiu-se por um Plano de Recuperação para o pavimento de pedra. Para sua execução o IAB foi contratado para gerenciar uma força tarefa envolvendo profissionais de várias áreas, com a finalidade de desenvolver um estudo multidisciplinar sobre a viabilidade de sua recuperação funcional nestes dez quilômetros.



.Entre esses profissionais estão: engenheiros, topógrafos, arquitetos, arqueólogos, historiadores e biólogos, cabendo ao Instituto de Arqueologia Brasileira a coordenação dessa equipe.
Como primeiras medidas de proteção à reserva foram ministrados pela Gerência de Meio Ambiente da Transpetro, um curso de Treinamento em Educação Ambiental a todos os envolvidos no projeto, salientando como se comportar dentro de uma reserva biológica causando o mínimo de impacto nas espécies que ali vivem. 
As equipes estão sendo mobilizados para novos treinamentos e  levantamento dos dados será iniciado nos próximos dias
E nós ficamos por aqui então, aguardando os resultados dos estudos e seus efeitos práticos nos próximos seis meses.

Até lá!


                                                                                                                                    Por Antonia Neto

[i] Fonte de Pesquisa: Wikpédia

 

Conhecendo para Dividir


No início desta semana recebemos um grupo de professores do município de Mesquita, RJ; alguns da Secretaria Municipal de Educação- Semed- Mesquita e outros do Instituto Federal de Ciência e Tecnologia - IFRJ, convidados pelo Professor de História Antônio Carlos Gomes, colaborador de longa data do Instituto de Arqueologia Brasileira.
Os professores vieram conhecer o Instituto de Arqueologia Brasileira com o objetivo de proporcionar aos seus alunos uma visita ao mesmo, para o Programa de Educação Patrimonial “Bem vindo ao Mundo da Arqueologia” desenvolvido pelo IAB.
Ficaram surpresos e felizes por disporem de uma estrutura que promove a potencialização das aulas ministradas por eles, em um espaço cultural tão próximo, e entusiasmados com a possibilidade da programação cultural para as Escolas; uma vez que o Programa não só demonstra os artefatos, como também estimula os alunos no que diz respeito ao reconhecimento do valor patrimonial das peças, levando-os à compreensão de que as mesmas são as “palavras da História!”.
 A mesma História que eles ouvem nas salas de aula...
Gostaríamos de agradecer a visita e aguardamos com carinho a presença dos alunos, uma vez que à medida que divulgamos a arqueologia, alicerçamos outro pilar da nossa Instituição. Obrigada!
 
                                                                                                                                      Por Antonia Neto


Primeiras Horas de 360


Neste sábado, último dia do mês de agosto, recebemos com alegria e entusiasmo para mais um curso de pós-graduação em arqueologia, a 3ª Turma, alicerçando mais uma vez um dos pilares da nossa Instituição: o Ensino. Nesta empreitada contamos novamente com o suporte advindo da parceria com a Faculdade Redentor, responsável pela certificação dos alunos.
Foram recepcionados com um café da manhã, em seguida todos se dirigiram à sala onde o Coordenador Geral do curso, Professor Ondemar Dias, apresentou o histórico do IAB e a importância do Curso, destacando o momento em que vive a arqueologia no Brasil e o papel do IAB neste processo.  Uma breve explanação sobre as experiências do Instituto com a arqueologia de contrato, sobre o curso Lato Sensu e o parecer do CNA.
Na sequência houve a apresentação dos alunos através de uma dinâmica de grupo coordenada por Jandira Neto, com as etapas de aquecimento inespecífico, específico, dramatização e compartilhamento.
Foram guiados aos departamentos do Instituto e às instalações de hospedagem e, após o almoço, tornaram-se cientes, pelo Diretor do Curso Professor Gênesis Torres, dos informes pedagógicos e administrativos do mesmo.
 Queremos dizer que são todos muito bem vindos à especialização em arqueologia, o que proporciona a promoção do fortalecimento da nossa classe e desejamos que, em futuro próximo, possamos nos tornar uma poderosa voz, resultando, se não em um ponto final, mas numa diminuição drástica da descabida destruição do nosso patrimônio, alimentada pela indiferença, desconhecimento ou impossibilidades das autoridades competentes.
O Instituto de Arqueologia Brasileira-IAB agradece a confiança de todos e deseja o máximo aproveitamento nas 360 horas em que estaremos juntos.     
                                                                                                                                                Por Antonia Neto


_____________________________________________________________

Engrenagens da Cultura e da Arte na Baixada






          O III Colóquio de Políticas Culturais da Baixada Fluminense, evento que ocorre desde 2011 sob a coordenação da antropóloga Fernanda Delvalhas Piccolo e tem se estabelecido como vetor de agrupamento de diferentes expressões culturais e artísticas da Baixada foi, este ano, realizado na Casa da Cultura de Belford Roxo, no dia 23 de agosto, pelo Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia - IFRJ- Campus Nilópolis e o Grupo PET/Conexões de Saberes em Produção Cultural.

       Para tornar conhecidas as produções acadêmicas acerca da arte e da cultura foram convidados: o Doutor em comunicação, Tiago Monteiro; em Música, o Dr. Álvaro Neder; em políticas Culturais, Dr. João Guerreiro; a Doutora em Antropologia, Ana Lúcia Enne e o Dr. Otair Fernandes de Oliveira, em Ciências Sociais. Também presentes a pró-reitora Mônica Romitelli de Queiroz, Alessandro Almado e Annie Teixeira Ramos, ambos representantes da Pet/Conexões de Saberes e Produção Cultural e o subsecretário de cultura Sr. Dida Nascimento.

          Num segundo momento para apresentar algumas das manifestações culturais da Baixada estiveram presentes o cantor Ras Bernardo (ex vocalista da banda Cidade Negra) Fernando Tinguá (presidente da ONG UBEM), Wagner Gonçalves (carnavalesco do G.R.E.S. Inocentes de Belford Roxo) e o Instituto de Arqueologia Brasileira-IAB e, atuando como mediador, o cantor e compositor Beto Gaspari.

          Entre estas demonstrações houve a apresentação de capoeira, exposição fotográfica e de cordel e recital de poesia.

          O Instituto de Arqueologia Brasileira- IAB representado pela arqueóloga, especialista em Educação Patrimonial e mentora do Projeto Pesquisador Curumim, Jandira Neto, com o apoio de Cida Gomes, apresentou ao público alguns jovens cuja inclusão no citado Projeto resultou em grande desenvolvimento sócio intelectual dos mesmos.

          Leandro Correa, sistematicamente estimulado aos 13 anos formou-se ontem, 26 de agosto, em História, pela Feuduc . Há muito exerce a função de coordenador geral do Laboratório do IAB.

      Paloma Santana hoje aos 20 anos foi incluída aos 13 e atualmente também cursa a Faculdade de História. Aluna aplicada trabalha em pesquisa de campo no nível de técnica em arqueologia e é subcoordenadora do Laboratório do IAB.

          Mesmo caminho que vem trilhando Cláudio Barbosa que participa do Projeto desde os 13 anos e hoje também cursa a Faculdade de História.

          William Cruz que entrou no Projeto aos 14 anos em 2008, hoje cursa a Faculdade de História, é formado em designer gráfico,está cursando computação gráfica, além de ser um dos mais brilhantes monitores na área de educação patrimonial. No evento foi o apresentador do Projeto Pesquisador Curumim.

      Geovani Dionísio hoje é um dos mais empenhados nas pesquisas de campo e compartilha suas habilidades com Bruno Trajano que aos 13 anos iniciou no Projeto e também tem especial dedicação pela pesquisa de campo.

          Os mais recentes incluídos no Projeto são Andrew de Lima e André Kepler que, como os demais, têm planos para seguir a carreira de arqueólogo.

          De modo geral todos ficaram surpresos e felizes ao saberem, através do III Colóquio de Políticas Culturais da Baixada, do engajamento de tantos outros profissionais no desenvolvimento cultural e artístico da região na qual vivem, e a bem pouco tempo era considerada a mais violenta do Brasil, o que os estimula a continuarem empenhados em seus projetos pessoais e quiçá em qualquer futuro poderem também encaminhar outros jovens, colaborando com o saudável círculo da solidariedade.

         O Instituto de Arqueologia Brasileira agradece a oportunidade de demonstrar sua contribuição sociocultural e compartilha verdadeiramente do desejo de todos quanto ao desenvolvimento educacional do País, em especial da Baixada Fluminense.
                                                                                                                          Por Antonia Neto

*******************************************

Conexão com o Passado

        No Evento II Semana da Baixada – A Baixada Canta, Dança e se Agiganta – Conectando Culturas e Conhecimentos - o Grupo PET/Conexões de Saberes desenvolveu o Tema: “Dialogando e Interagindo com Múltiplas Realidades e Saberes na Baixada Fluminense-RJ”, no âmbito do Instituto Multidisciplinar (IM) no Campus Nova Iguaçu, da Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro (UFRRJ), onde, durante cinco dias, foram realizadas diversas atividades como apresentações de trabalhos acadêmicos, palestras, exibições de filmes e oficinas. 

          “O que permeou as discussões foi a necessidade de se repensar esta região conhecida como Baixada e com isso desenvolver artifícios para a valorização e crescimento da mesma”, diz Alessandro Almado, um dos monitores do IAB.

          Convidado a participar, o Instituto de Arqueologia Brasileira – IAB apresentou, na sexta-feira dia 09 de agosto, a Oficina “Peneiras de Ciência”, que leva até o público artefatos destinados à Educação Patrimonial com a proposta, entre outros, de demonstração das razões para a criação, por nossos antepassados, dos primeiros objetos.

      As informações prestadas por Cintia Ray, monitora da Oficina, despertaram grande interesse e participação

       O trabalho desenvolvido estimulou os presentes a conhecerem mais sobre o mundo da arqueologia, fonte primária de descobertas históricas.

       Diante de resultados tão positivos agradecemos o convite da PET/Conexões de Saberes e a todos que colaboram com a Educação em qualquer âmbito.


Por Antonia Neto

****************************************

Participando de Políticas Públicas

          A convite da Secretaria de Cultura de Belford Roxo através de seu representante, o Sr. Emerson Pires, o Instituto de Arqueologia Brasileira participou da 2ª Conferência Municipal de Cultura de Belford Roxo realizada nos dias 09 e 10 de agosto de 2013, na Casa da Cultura da cidade de Belford Roxo- RJ.


O primeiro dia do evento foi dedicado às mais variadas manifestações culturais através de Projetos como: Dança de Salão; a atuação da Associação Brasileira de Reabilitação e Assistência aos Cegos e Surdos –Abraces; a presença de representantes do Museu de Etnologia Ode Gbomi; a Associação Cultural e Recreativa Afoxé Raízes Africanas; o Show Itinerante; a Exposição: Drummond, Testemunho da Experiência Humana; o Ateliê Digital Donana – ADD; e a banda de Música Suburbanda, entre outros.


Ainda neste primeiro dia o Instituto de Arqueologia Brasileira se apresentou aos participantes como a Instituição de Pesquisa, Ensino e Divulgação da arqueologia brasileira, que foi fundada e funciona a 52 anos na cidade de Belford Roxo.

No segundo dia do evento foram discutidos os quatro Eixos Temáticos da Conferência, sendo eles:


I – A Implementação do Sistema Municipal de Cultura;

II – Produção Simbólica e Diversidade Cultural;

III – Cidadania e Direitos Culturais;

IV – Cultura e Desenvolvimento;


Consecutivamente foi efetuada a leitura, discussão e votação do Regimento Interno da II Conferência Municipal de Cultura e elaboradas propostas para serem apreciadas pela Câmara de Vereadores e transformadas, segundo suas avaliações, em leis.


A participação ativa do IAB, por meio de sua representante a arqueóloga e gerente de projetos de arqueologia e educação patrimonial, Jandira Neto, se deu no IV Tema com a proposta de criação da Carta Patrimônio do Município, nos mesmos moldes da que rege a cidade do Rio de Janeiro. As regras da mesma visam proteger o potencial arqueológico material, patrimônio de todos, quando ameaçado pelo impacto da realização de obras em regiões historicamente identificadas como possíveis áreas de ocupação de nossos antepassados.


A segunda sugestão foi a de criação de uma Fundação Cultural para gestão de recursos fomentados para a cultura do Município. E ainda apoiando e fortalecendo a proposta da criação de Quarteirões Culturais, o IAB sugeriu então a criação de um deles no Bairro de Santa Tereza. Fariam parte deste, o Instituto de Arqueologia Brasileira-IAB, o Instituto Bíblico Apostólico- IBA, os quatro sítios arqueológicos, identificados e pesquisados pelo IAB que também são localizados na região e por fim a recuperação dos 1.300m da Estrada da Conceição aberta no século XVII e um dos corredores de acesso ao bairro.


Além da Jandira Neto, fizeram parte da equipe William Cruz, Alessandro Almado e o Professor Gênesis Torres, que igualmente se manifestou discutindo o II Eixo da Conferência cujo Tema foi: Produção Simbólica e Diversidade Cultural.


Agradecimentos  

O Instituto de Arqueologia Brasileira – IAB agradece ao Prefeito da cidade de Belford Roxo, Dennis Dauttman e em especial ao secretário e subsecretário de Cultura, Emerson Pires e Dida Nascimento, respectivamente, pela oportunidade de participar com tão valiosas propostas culturais, e igualmente a todos os demais participantes da Conferência por trazerem ideias que valorizam sobremaneira o patrimônio cultural material e imaterial da nossa cidade. Ficamos na expectativa da realização de todas. Obrigado!


 Por Antonia Neto

                                                                                      ***********************************************************************

Pelos Campos e Corredores da Arqueologia...

Recomendado por um dos seus educadores esteve em nossa sede no último dia 17 de julho, um grupo de estudantes do 1º período da Faculdade de História do Instituto Brasileiro de Educação, Cultura e Ciências – IBECC.


Ainda nos primeiros passos desta maravilhosa jornada, os jovens Carlos Henrique da Silva Pinheiro, Elizângela Furtado Pinheiro, Rose de Oliveira Victorino, Giselle Barbosa e Márcia de Oliveira Santos, tiveram a oportunidade de conhecer um dos maiores acervos de achados arqueológicos do Brasil, coletado e salvaguardado pelo IAB em seus 52 anos de pesquisa.


Gentilmente guiados pelo monitor e também estudante de História, William Cruz e por Queila Oazem foram fazendo contato com a história e pré-história através de suas línguas originais: os artefatos, deixando-os maravilhados e surpresos por saberem tão perto (a Faculdade fica na cidade vizinha a cerca de 30 minutos), uma instituição do porte e referências do Instituto de Arqueologia Brasileira-IAB e até então desconhecida para eles.


Vejam como foi a “aventura”....
                                                                                                                                          Por Antonia Neto                                        

 

***************************************************************

Uma Hora de  Palestra, um Mundo de Informações...

               No último dia 12 de julho de 2013 recebemos em nossa sede a Drª Sandra Beleza, geneticista, pesquisadora-associada da Universidade de Stanford (USA), acompanhada do doutorando na Universidade de Brasília e pesquisador da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), Murilo Bastos.

              As investigações desenvolvidas por Murilo Bastos no Cemitério dos Pretos Novos, para discutir a origem e a dieta dos africanos escravizados, sob a perspectiva da geoquímica, despertaram o interesse da Drª Sandra que, por sua vez, estava trabalhando em estudos sobre as origens étnicas e a influência genética do povo africano sobre outros povos, originada pelo comércio de escravos.

                Do ano de 1994 a 1995 o Cemitério dos Pretos Novos foi pesquisado pela Drª Eliana Teixeira de Carvalho do Departamento Geral de Patrimônio Cultural (DGPC) em parceria com o Instituto de Arqueologia Brasileira (IAB), cujas análises foram coordenadas pela Doutora arqueobióloga, Lílian Cheuiche (IAB). Coletado e salvaguardado pelo IAB, o material desta descoberta foi solicitado pela Drª Sandra Beleza através de uma parceria entre a Fundação Oswaldo Cruz(Fiocruz), o Instituto de Arqueologia Brasileira(IAB) e a Universidade Federal do Rio de Janeiro(UFRJ).

               Atualmente residindo em Pallo Alto na Califórnia- USA, a Drª Sandra Beleza veio então ao Brasil para estudar o material ósseo, sob a ótica da genética, dos africanos traficados para o nosso país, especialmente os que morriam antes de serem comercializados. Significativa quantidade deste material foi encontrada no Cemitério Pretos Novos na Gamboa- Rio de Janeiro-RJ e no Cemitério dos Escravos de Salvador-BA (dois dos estados brasileiros onde maior número de traficados africanos foram desembarcados).

             Alguns felizardos colaboradores do IAB foram presenteados com uma preleção dada pela Drª Sandra, que por ser de origem portuguesa, demonstrou, em nossa língua e numa didática de fácil compreensão, a complexa hibridação dos africanos escravizados em Cabo Verde, Portugal.

           Esclareceu que a sua proposta hoje, de um estudo interdisciplinar que vai envolver geneticistas, arqueólogos e historiadores

            Com o levantamento de dados dos encontros genéticos decorrentes deste tráfico, (ocorridos também em outros países), a equipe de pesquisadores da Universidade pretende determinar as origens da nossa miscigenação num estudo infinitamente mais detalhado e com os mais avançados recursos da genética e da tecnologia.
          Do nosso ponto de vista como instituição de pesquisa podemos considerar quase um presente para o Brasil, especialmente para os diretamente envolvidos: geneticistas, arqueólogos e historiadores que terão em mãos valiosas informações, com as quais poderão enriquecer todas as áreas de conhecimentos correlacionadas, certamente com elementos até então não detectados.

                 Aguardemos então os resultados destas valorosas investigações.      
                                                                                          Por Antonia Neto